Deixar o sedentarismo e encarar 4km com 20 desafios não é fácil, mas final é gratificante. Veja detalhe dessa experiência e saia também do sofá
"Sério mesmo que eu vou ter que fazer isso?" Essa foi a primeira coisa que passou na minha cabeça quando descobri que teria que participar de uma corrida. Fiquei em dúvida, mas achei que seria tranquilo – afinal de contas de eu não conseguisse correr era só eu caminhar – até que descobri que era uma corrida de obstáculos. Nesse momento bateu um certo desespero.
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Pode parecer um exagero da minha parte, mas quem leva uma vida sedentária como eu vai entender minha situação. Trocando e-mails com o pessoal da organização da Iron Race deixei claro que não estava seguro em participar da corrida de obstáculos , expliquei que não fazia nenhum tipo de exercício físico e nem mesmo uma simples caminhada.
Treino
Para me ajudar a ficar mais familiarizado com o que estava por vir, fui convidado a participar de um treino para corrida . Cheguei à academia e me deparei com diversas pessoas fitness, cheia de empolgação e eu não via a hora de tudo acabar. O primeiro exercício era dar uma volta correndo no quarteirão, eu fui e quando terminei o percurso já estava cansado.
Obviamente que não consegui fazer nem um terço do restante do treino. Era um tal de pula do pneu, corre segurando peso, sobe na corda, rasteja no chão e assim por diante. Resumindo, foi traumático! Principalmente no dia seguinte, pois senti dor no corpo inteiro.
Dada a largada
Depois desse treino com o pessoal fitness , fiquei com mais medo de participar da corrida, mas eu tinha topado o desafio e não ia desistir. Passaram duas semanas e o dia da Iron Race Stadium chegou, estava lotado de pessoas e vendo aquele monte gente eu ficava pensando “Por que as pessoas pagam para passar por isso?”.
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Minha bateria começou às 8h30. Quando deram o sinal saiba que não tinha mais jeito, era hora de encarar os 4 km com 20 obstáculos. Logo de cara tive que subir uma escadaria que levava para a parte superior do estádio, onde encontrei o próximo desafio, que era subir em uma superfície de madeira usando apenas a força dos braços. Tentei duas vezes e não consegui, então um instrutor da prova que estava lá fez “pezinho” e me ajudou.
Superando os obstáculos
Nessa hora fiquei mais empolgado, percebi que em todos os obstáculos tinham instrutores , não só para motivar, mas também para auxiliar os participantes. Entrei no ritmo e comecei a correr. Passei por vários obstáculos, como puxar peso, passar por debaixo de cordas, pular e atravessar pneus e muitos outros.
Antes da prova, o que me dava mais medo era de não conseguir fazer algo e as pessoas ficarem me pressionando, mas foi o contrário, cada um faz a prova no próprio ritmo e ninguém é obrigado a nada. Caso não consiga passar um obstáculo você paga uma prenda, que são abdominais, flexões ou algo do gênero.
Burlando os desafios
Confesso que em alguns obstáculo tentei dar uma trapaceada (que feio, né?). Um dos desafios era sentar e levantar de todas as cadeiras de uma fileira do estádio. Era mais ou menos a metade da prova e estava meio cansado e para passar mais rápido pelo obstáculo eu só dobrava o joelho, fingindo que estava sentando nas cadeiras.
Foi então que escutei um grito: “4158 (meu número na prova) é para sentar na cadeira!”. Eu comecei a rir e sentei, aí escutei outro grito misturado com uma risada dizendo “Muito bem!”.
Superação
Consegui terminar a prova e não vou negar que fique feliz em ter participado e superado esse desafio.
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O que posso dizer é que foi um pouco de loucura fazer uma corrida de obstáculos sem ter nenhum preparo físico, mas foi ótimo para eu perceber o quanto levo uma vida sedentária e que está na hora de mudar isso.