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“Lembrar é fácil para quem tem memória. Esquecer é difícil para quem tem coração” (William Shakespeare)

A partir do momento que embarcamos em um relacionamento sério queremos vivenciar as mais incríveis aventuras e nos entregar de corpo e alma a este amor. Palavras jamais poderão expressar o que foi esta jornada, o quão foi inesquecível e o quanto batalhamos para poder fazer dar certo.

Dedicamos boa parte do nosso tempo a alguém quando namoramos
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Dedicamos boa parte do nosso tempo a alguém quando namoramos

No decorrer deste percurso criamos laços, dividimos coisas, compartilhamos gostos, fazemos planos e criamos o nosso próprio mundo. Este último, em muitos casos, é tão perfeito que parece um conto de fadas.

O amor é como uma viagem de navio, onde se traça um destino. O término é a mesma viagem, só que obrigada a mudar de rota. A viagem perfeita, assim como o amor perfeito, acaba mudando os planos inesperadamente. E não existe frustação maior do que quando algo que planejamos e nos faz bem acaba mudando drasticamente.

O fim de uma relação é como se fosse um luto

.O término de um relacionamento muda toda a vida
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.O término de um relacionamento muda toda a vida

Segundo o texto "Luto e Melancolia", de Freud, quando uma relação chega ao seu término, além da pessoa se sentir culpada, ela encara aquilo como se fosse um luto.

Por nossa mente encarar as coisas dessa forma, faz com que esquecer um amor seja ainda mais difícil. Pois, além de enterrar todo um sonho e planejamento conjugal, acaba associando o término a algo ainda mais trágico.

Medo de mudança

O ser humano não é muito suscetível a mudança, ele acaba sempre ficando acanhado ou preocupado. Ainda mais, quando é uma mudança repentina e não planejada.

A pessoa se acostumou por muito tempo a conviver e fazer coisas com o seu amor, e de repente se depara com a trágica notícia do término. A sensação é que além de não poder esquecer aquela pessoa, não conseguirá alguém melhor ou até mesmo semelhante ao ex-amor.

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Quais são os nossos maiores inimigos nessas horas?

Quando chegamos no momento em que não gostaríamos surgem vários inimigos os quais nos atormentam de uma forma desesperadora. Mas, quem são esses inimigos? E o que eles fazem?

Mente vazia

Os psicólogos da Universidade Harvard Matthew Killingsworth e Daniel Gilbert fizeram uma pesquisa com um aplicativo para iPhone onde acompanharam 2.250 pessoas e coletaram dados sobre pensamentos, sensações e ações. Os voluntários recebiam perguntas como “o quanto felizes estão, o que estão fazendo no momento e se estão pensando sobre a atividade que estão realizando ou sobre qualquer outra coisa – e, neste caso, se é um pensamento agradável, neutro ou desagradável”.

Minha mente se enche de fumaça, não me deixando ver as coisas boas em minha frente, justamente por ser distraída, inúmeras vezes, pela minha imaginação fértil que, em alguns casos, é meu pior inimigo.” (Juliana Mandim)

A pesquisa mostrou que quando estamos produtivos (como conversando, se exercitando ou fazendo amor) é onde temos os momentos mais felizes e quando estamos usando o computador em casa, descansando ou trabalhando temos os momentos menos felizes.

Então, quando deixamos de fazer coisas que nos deixem felizes, estamos colaborando para o fortalecimento da dor de um término.

Pessimismo

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Quando estamos tristes por um determinado acontecimento, como o fim de um namoro, acreditamos que nada mais vai dar certo no âmbito amoroso. Temos certeza que vamos terminar sozinhos e que não teremos uma segunda chance no amor. E o pior, a sensação de que aquela pessoa era simplesmente a única na face da terra que servia para gente.

O pessimismo pode acabar se alastrando e consequentemente tirar qualquer perspectiva de melhora deste quadro de tristeza.

Baixa autoestima

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A baixa autoestima influencia em praticamente todos os campos da vida. A psicóloga Pamela Magalhães, especialista clínica e em relacionamentos explica: “Uma pessoa sem autoestima não gosta dela mesma, por isso faz escolhas ruins. Nos relacionamentos amorosos se envolve com pessoas que a tratam mal ou que não estão disponíveis. Nas relações pessoais, busca amigos que não agregam nada e somente ‘sugam’. No campo profissional, não consegue evoluir, pois não tem confiança no próprio potencial e nem coragem para tentar algo novo, melhor. No primeiro obstáculo, já desiste. E no meio escolar tem tanto medo do que os outros vão pensar que tem vergonha de tirar suas dúvidas com o professor. Tudo envolve uma autossabotagem”.

Depressão

Na matéria publicada no Guia da Semana por Carolina Tavares em maio de 2007, a psicóloga Olga Inês Tessari explica que é natural no início de uma perda a pessoa querer se isolar para chorar sua dor e relembrar os bons momentos. “Antigamente, quando morria alguém, as pessoas ficavam de luto. Se você visse uma mulher vestida de preto e sozinha, sabia que era melhor deixá-la vivendo sua dor e isso passava com o tempo. É mais ou menos assim que funciona, a pessoa precisa de um tempo para se recompor”, conta.

As lágrimas são comuns até os primeiros 20 dias passados da perda. Se o fato se estender, começam a se manifestar os indícios da depressão, que se caracteriza pela perda de algo. A partir deste momento, é indicado uma ajuda profissional (psicológica e/ou psiquiátrica).

Como esquecer um amor – 15 dicas infalíveis para sair desta situação

Vários fatores são determinantes para deixar a pessoa sofrendo por amor. Mas, a boa notícia é que tem muitos outros que mostram uma luz no fim do túnel. Para esquecer um amor, preste bastante atenção à essas dicas:

1. Converse, uma boa conversa pode melhorar o seu humor.

2. Se exercite, a atividade física é uma ótima forma para liberar as endorfinas, substâncias que quando produzidas e liberadas no cérebro provocam a sensação de bem-estar.

3.  Faça coisas que te dão prazer! Elas não têm preço!

4. Levante a sua autoestima, acredite em si. Você é uma pessoa única.

5. Seja otimista. Pensamentos positivos atraem coisas boas.

6.  Não fique questionando o motivo do fim. O que passou, passou. Bola para frente!

7. Evite temporariamente coisas que te lembrem a pessoa com quem você se relacionou.

8.  Evite também o contato com ela. Se você não está lidando muito bem com o término, então não é aconselhável a interação com o seu ex-amor.

9.  Conheça novas pessoas, sempre é bom aumentar o nosso círculo de amizades.

10.  Se descubra. Nada melhor do que a solteirice para se conhecer melhor.

11.  Faça coisas novas. Entre em um curso, faça uma atividade diferente ou qualquer outra coisa que agregue uma nova experiência.

12.  Não coloque prazos, viva naturalmente. As coisas irão acontecer no momento certo.

13. Se cerque de pessoas que gostam de você. Elas farão de tudo para levantar o seu astral.

14.  Desabafe com os amigos mais próximos, um ombro amigo sempre é bom.

15.  Se ame. O primeiro amor da gente tem que ser o amor-próprio. Como iremos amar alguém, sem antes nos amarmos?

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O Aconselhador
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O Aconselhador

* O Aconselhador : através dos seus erros e acertos, ele quer ajudar você no campo mais intenso de todos, o amor. 

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