
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, a pedido da farmacêutica MSD e com apoio da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), revelou um dado preocupante: 64% dos homens desconhecem que o HPV pode causar câncer. As informações são do Portal da Urologia.
O levantamento foi apresentado na última quarta-feira (22) no Museu do Futebol, em São Paulo, e busca chamar atenção para a falta de informação do público masculino sobre os riscos do vírus.
O evento de divulgação contou com a presença de artistas, esportistas e influenciadores, como os ex-jogadores Denilson e Lugano, além dos campeões olímpicos de vôlei Bruninho e Lucão.
Na ocasião, foi lançada a campanha “Cuide do Seu”, que tem como embaixador o humorista Menzinho.
De acordo com a pesquisa, 64% dos homens não sabem que o HPV pode causar câncer, e 45% acreditam que o uso de preservativo é suficiente para prevenir a infecção.
A coordenadora da Comissão de Imunizações da SBU, Dra. Maria Cláudia Bicudo, que apresentou os resultados, conta que ainda há muita desinformação sobre o tema.
“O preservativo não protege 100%. Estar vacinado contra o HPV é essencial” , afirmou ao Portal da Urologia.
Durante a sessão de perguntas, o ex-jogador Denilson quis saber se um casamento longo, de 18 anos, garantiria proteção contra o vírus.
A médica explicou: “Não necessariamente, pois o HPV pode permanecer latente por muitos anos e se manifestar muito tempo após o contato inicial”.
A Dra. Maria Claudia também destacou a importância da vacinação de crianças entre 9 e 14 anos.
“Vacinar é fundamental mesmo para quem já iniciou a vida sexual ou já teve HPV, pois a vacina protege contra nove tipos do vírus, e a pessoa pode não ter sido exposta a todos eles”.
Vacinação
O HPV está associado a diversos tipos de câncer, incluindo colo de útero, orofaringe, pênis e canal anal. Crianças entre 9 e 14 anos têm direito à vacinação gratuita pelo Sistema Único de Saúde ( SUS).
A imunização também está disponível, até dezembro de 2025, para adolescentes de 15 a 19 anos que ainda não se vacinaram.
Além disso, grupos específicos, como pessoas com HIV, transplantados, pacientes oncológicos, vítimas de abuso sexual e usuários de PrEP, podem receber a vacina até os 45 anos, mediante prescrição médica.
A vacinação também pode ser realizada pela rede privada, com recomendações ampliadas conforme avaliação clínica.