Deyvid Michel fez uma transmissão ao vivo após sair do clube que rejeitou a matrícula da filha e, ao tentar contar o que aconteceu, não conteve a emoção
O professor Deyvid Michel mora em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e recentemente passou por uma situação de discriminação que o deixou abalado. Ele é pai de uma menina autista e diz não ter conseguido fazer a matrícula dela na aula de natação em um clube da região por conta do transtorno que a filha possui.
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Assim que saiu do Rádio Clube de Campo Grande, o pai fez uma transmissão ao vivo no Facebook, na qual chora e desabafa. “Acabei de pegar meu reembolso porque minha filha, aquela princesa, foi excluída. Não deixaram ela fazer natação. Exatamente, não deixaram minha filha que é autista fazer natação”, afirma no vídeo.
Deyvid conta que o clube usou como justificativa que não tinha estrutura para atender pessoas especiais e indicou procurar profissionais extras no clube. “Vou tentar me acalmar aqui. Peço que as pessoas compartilhem para [que as pessoas possam] entender que clube é esse, que não tem inclusão, em que mundo nós estamos?”, questiona o pai indignado.
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A sensação de saber que a filha foi excluída por algo que não é culpa dela deixou o pai arrasado. “Só quem tem filho sabe do que eu estou falando, talvez saiba a dor. Poucos já me viram chorar, mas eu preciso mostrar a gravidade do que está acontecendo. Resumindo a ópera, simplesmente, minha filha autista não pode fazer natação no maior clube da cidade”, fala.
Durante a transmissão ao vivo, o pai conta que o clube foi escolhido porque é o mais próximo da casa dele e, como sua esposa não dirige, a proximidade facilitaria na hora de levar e buscar a filha nas aulas. Como a menina não foi aceita, os pais procuraram outro lugar e uma academia aceitou a matrícula dela sem contestar. O professor conta que sua pequena já começou as aulas e que ela está muito feliz em fazer natação.
Pai de menina autista recebe apoio e clube se defende
O Deles entrou em contato com o Rádio Clube de Campo Grande, e o presidente do local, Renato Antônio Pereira de Souza, deu o seguinte posicionamento:
“O que aconteceu é que esse pai foi ao clube, que tem fins recreativos e não lucrativos, e fez uma adesão para ser um sócio contribuinte falando que queria colocar a filha na aula de natação.
Mediante a isso, a menina foi encaminhada para o departamento de esportes do clube para poder fazer as verificações gerais e, nessa ocasião, o pai disse que a filha tem autismo. Os professores não são treinados e nem capacitados para atender pessoas com necessidades especiais e eles não conseguiram atender a menina em uma aula experimental.
Dissemos que não tínhamos condição de atender a menina autista, mas o pai insistiu. O que estamos fazendo é protegendo o clube e a criança, que poderia correr riscos na aula. Ressalto que a filha dele não foi matriculada, o valor que foi devolvido na integralidade foi o que ele pagou para ser sócio do clube.”
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O comovente vídeo já possui mais de 26 mil visualizações e quase mil compartilhamentos. Nos comentários, as pessoas estão dando apoio ao pai e dizendo que é um absurdo o clube não ter estrutura para receber uma criança autista .