Só que talvez isso não seja suficiente. De repente, você está sem bateria no celular numa sala de espera de um escritório, e quer desesperadamente puxar assunto com alguém. Você tem o contexto. Mas falta a oportunidade de envolver as pessoas com sua prosa.
A solução é mais simples do que você pode imaginar: observe a linguagem corporal daqueles à sua volta (bem como o que eles estão fazendo; afinal, interromper alguém que esteja de fones de ouvido, por exemplo, é quase garantia de uma resposta curta ou de um decidido "não").
Para a coach, se você não conhece a pessoa, existem alguns sinais aos quais você deve ficar atento. O primeiro é o olhar. Olhe nos olhos da pessoa, tente descobrir se ela está olhando para você ou não.
Já a segunda é um pouco mais sutil e envolve a linguagem corporal de fato. "Se a pessoa está de braços ou pernas cruzadas, apontando para outra direção, é um sinal de que ela não está aberta à conversa", adverte Paula.
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Na hora de conhecer pessoas, você é seu maior inimigo. Cuidado com a sua própria linguagem corporal
Você já sabe o contexto, e agora também sabe identificar suas oportunidades de engajar numa "conversa pequena". Mas não acabou ainda: para dominar a arte de puxar assunto, você precisa ser mestre de sua própria linguagem corporal. Segundo o Instituto Brasileiro de Linguagem Corporal (Ibralc), 55% da comunicação se dá por meio da linguagem corporal - gestos, postura, maneirismos, etc.
De acordo com Paula Dias, uma linguagem corporal impecável começa com o controle de manias como cruzar os braços, para demonstrar abertura, e olhar nos olhos, para criar uma aproximação mais forte com o interlocutor.
Caso não esteja convencido sobre a importância da linguagem corporal, há outros requisitos para dominar este aspecto da comunicação, segundo o portal Dicas de Etiqueta
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Em primeiro lugar, além das dicas da coach, procure sempre manter os ombros relaxados e evite passar as mãos repetidamente no cabelo. Ambos demonstram insegurança, e o segundo pode ser interpretado também como sinônimo de carência.
Claro, linguagem corporal não é só evitar se mexer de maneira inapropriada - não queremos que você vire um robô, não é? Por isso, o Dicas de Etiqueta
recomenda algumas coisas, como inclinar-se em direção ao interlocutor (cuidado para não chegar muito perto e invadir o espaço pessoal dele) e mimetizar os gestos dele. Essas práticas vão demonstrar seu interesse pelo assunto.
O olhar também vai além do simples "olho no olho". Esfregar os olhos pode ser um indicador de tédio, e observar os arredores constantemente pode transmitir insegurança. Uma dica para manter seu olhar fixo é focar-se em apenas um dos olhos do seu interlocutor (e alternar de vez em quando).
Vale lembrar que enquanto essas correções são importantíssimas para você fazer, elas podem ser um ótimo indicador do interesse do seu interlocutor na hora que for puxar assunto, complementando as dicas da coach sobre o contexto.
Carisma x timidez
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Antes de sair para conhecer pessoas, é fundamental conhecer a si mesmo - então não mais perca tempo
"Carisma é uma habilidade inata de alguns para conseguir encantar, persuadir, fascinar o outro através de sua forma de agir". É assim que Paula define o carisma, algo tão cobiçado, mas que poucos têm. Essa característica pode ser expressada de diversas maneiras (e não é sinônimo de extrovertimento).
Independentemente disso, o carisma dificilmente pode ser manifestado por quem não possui esse dom, sob o risco de parecer forçado. Nesses casos, como adverte a coach, a melhor coisa é ser você mesmo.
No entanto, é preciso ter muito autoconhecimento para conseguir agir assim. Não é uma tarefa fácil, mas com o tempo os resultados aparecerão - e o carisma nem parecerá tão importante para você na hora de puxar uma conversa.
E a timidez sofre o mesmo efeito sob o olhar do autoconhecimento. Seja a timidez um fator da sua essência, seja ela fruto de um trauma, se conhecer melhor (com ajuda de terapia, se necessário) e praticar a comunicação é a chave.
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Por fim, de acordo com Paula, a assertividade é outro ponto importante para conquistar seu interlocutor na hora da conversa fiada. Ter certeza do que você quer e de quem você é na hora de bater um papo é crucial, e vai te facilitar muito a vida na hora de conhecer pessoas
e fazer o networking.