A Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino ( DAEM), mais conhecida como andropausa, é a diminuição da produção do principal hormônio masculino, a testosterona.
Apesar de a diminuição hormonal ser um processo natural do envelhecimento, alguns homens podem apresentar níveis de testosterona muito baixos, sendo necessário procurar atendimento médico para avaliação.
Essas alterações hormonais costumam aparecer em homens a partir dos 40 anos, com a queda gradual dos níveis de testosterona à medida em que se vai envelhecendo, o que acaba influenciando em aspectos sexuais, físicos e psicológicos.
De acordo com um estudo publicado no Indian Journal of Endocrinology & Metabolism (2021), cerca de 21% dos homens acima dos 60 anos apresentam níveis de testosterona abaixo do normal.
A saúde masculina ainda é repleta de estigmas e tabus. Os homens costumam dar menos atenção à saúde e, consequentemente, buscam com menos frequência os serviços médicos.
A andropausa é uma condição que merece atenção médica, principalmente porque os sintomas podem ser confundidos com os do estresse ou do próprio envelhecimento natural.
Sintomas mais comuns
Apesar dos níveis de testosterona começarem a diminuir a partir dos 40 anos, é apenas depois dos 60 anos que os sintomas se tornam mais evidentes.
De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas mais comuns que podem indicar a baixa hormonal da testosterona são:
- Cansaço excessivo;
- Diminuição da libido;
- Irritabilidade e outras alterações de humor, como a perda de motivação;
- Disfunção erétil ou dificuldade para manter ereções;
- Perda de massa muscular, que também pode ser acompanhada por maior acúmulo de gordura no corpo;
- Queda da densidade óssea, aumentando o risco de osteoporose;
Ainda segundo o Ministério da Saúde, homens brasileiros vivem, em média, 7 anos a menos que as mulheres. E a conscientização da população masculina sobre a necessidade de cuidar do corpo e também da mente é essencial.
Além disso, praticar atividade física, ter uma alimentação adequada e saudável, manter um peso ideal, não fumar, praticar sexo seguro e cuidar da saúde mental são fundamentais para a promoção da saúde e para a prevenção de doenças.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da andropausa é feito por meio de avaliação clínica e exames laboratoriais que verificam os níveis de testosterona total e livre. A confirmação do quadro ocorre apenas quando há redução hormonal acompanhada de sintomas típicos.
O tratamento geralmente envolve a terapia de reposição de testosterona ( TRT), conduzida sob orientação de um urologista ou endocrinologista, que ajusta a dosagem conforme as necessidades de cada paciente. A reposição pode ser feita por meio de injeções intramusculares, géis de uso tópico ou adesivos hormonais.
Por se tratar de uma condição que pode ser confundida com outras mais brandas, é importante manter o hábito de realizar consultas médicas periódicas e exames de rotina. Dessa forma, é possível ter um diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o quanto antes.