"Sempre pareceu que estava faltando algo na minha vida e eu me sentia 50% anônima", diz Kerry Saucedo, que foi recebida de braços abertos pelo pai
O sobrenome da americana Kerry era apenas Fortuna quando ela nasceu, lá nos anos 80, depois que sua mãe teve uma breve aventura com seu pai biológico . A mãe da moça até tentou procurar pelo homem com quem havia passado a noite quando descobriu que estava grávida, mas os dois já haviam perdido contato e ele havia se mudado. A confusão, porém, se resolveu após 34 anos, com um teste de DNA que revelou à órfã que seu sobrenome é Saucedo.
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“Minha mãe me criou por conta própria, por isso sempre me perguntei quem seria meu pai biológico. Sempre pareceu que estava faltando algo na minha vida e me sentia 50% anônima”, desabafa Kerry em entrevista ao programa de televisão americano “Inside Edition”, no qual contou detalhes dessa história resolvida com um teste de DNA .
Para Kerry, não ter um pai foi um impacto enorme. Nos anos 90, ela já tinha idade suficiente para tentar procurá-lo, mas os recursos eram limitados e isso dificultou as buscas. A única coisa que ela sabia era que o nome dele era Mark Saucedo e, após muitos anos, descobriu que o que ela pensava ser o primeiro nome dele era, na verdade, o do meio. Outra coisa que também atrapalhou as buscas é que ela não sabia a ortografia correta do sobrenome do pai.
Em junho de 2017, uma pessoa sugeriu à Kerry que ela apelasse ao 23andMe, um teste de DNA que indica seu histórico racial, além de comparar os genes das pessoas que já fizeram o teste. A americana embarcou na ideia e, quando recebeu os resultados, teve a certeza que de o pai era hispânico, e de que a mãe tinha uma mistura britânica e irlandesa.
Contato telefônico
Entre as combinações de genes, Kerry encontrou uma mulher cujo sobrenome parecia ser de origem espanhola e deduziu que seria um parente por parte de pai - e ela estava certa. A mulher em questão era sua tia-avó e, depois de muitas pesquisas, ela também encontrou a irmã do pai no Facebook, com quem conseguiu o número de telefone de Saucedo.
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“Eu liguei para ele e conversamos pela primeira vez. Ele me disse: 'Eu sinto muito. Eu não sabia sobre você e me sinto horrível por ter perdido etapas da sua vida, mas eu sou seu pai'", conta a moça. Saucedo tinha se casado pouco tempo depois que a mãe de Kerry engravidou e teve outros filhos, sendo um deles apenas sete meses mais novo do que a primogênita. "Ele literalmente assumiu o papel do pai da maneira certa", acrescenta.
Primeiro encontro e planos futuros
Em julho do ano passado, ela pegou o avião e foi para Oregon, local em que o pai mora, para encontrá-lo pela primeira vez. "Naquele dia, eu o conheci e foi literalmente como olhar para um espelho", relata. "Eu esperei a minha vida inteira por isso, foi um momento de euforia e eu honestamente senti como se estivesse em um sonho, porque pensei que nunca iria conhecer o meu pai".
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Kerry então expressou o desejo de mudar o sobrenome para o do pai. Segundo o advogado da moça, a maneira mais fácil de fazer isso seria se ele a adotasse - e foi exatamente isso que Saucedo fez. A adoção se tornou oficial em agosto de 2017 e a americana pretende se mudar para Oregon em junho deste ano, junto das duas filhas, para ficar mais perto do pai. Tanto ela quanto o pai estão animados com o futuro. "Se não fosse pelo DNA, eu não conheceria meu pai agora", conclui.