Uma pesquisa norueguesa achou uma importante relação entre o tempo que os homens passam sentados e a ocorrência de câncer de próstata
Um estudo norueguês conduzido pelo médico Vegar Rangul e sua equipe, da Norwegian University of Science and Technology, concluiu que o sedentarismo pode aumentar o risco de câncer de próstata.
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Além do câncer de próstata , longos períodos sentado, aliados a pouca atividade física, podem levar a câncer colorretal e de pulmão nos homens. Dos mais de 38 mil participantes, 4196 homens (11%) foram diagnosticados com alguma variação da doença ao longo do período de 16 anos, entre 1997 e 2014.
O aumento do risco de câncer de próstata sob uma vida sedentária (8 ou mais horas sentado) foi 22% maior em comparação a condições normais (menos de oito horas na cadeira). Segundo Rangul e sua equipe, o único tipo de câncer que variou de acordo com o tempo que se passa sentado foi o prostático. Ou seja, essa enfermidade não está associada apenas à falta de atividade física (sedentarismo) como o câncer colorretal e o de pulmão.
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Fatores de risco do câncer de próstata
Os cientistas concluíram que essa amostragem reforça a importância da atividade física
na prevenção contra o câncer, já que em quantidades moderadas ela é capaz de reduzir significativamente o risco desenvolver a doença, especialmente na próstata.
Uma das possíveis explicações levantadas pelos pesquisadores noruegueses é de que a atividade física moderada estimula a produção de hormônios associados com a prevenção do câncer prostático.
Outro fator que pode ter alguma relação com isso é o indicador educacional do indivíduo. Segundo o estudo, 55,9% dos homens com altos níveis de educação passavam mais de oito horas por dia sentados (entrando no grupo de risco).
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Isso é relevante porque um estudo de Tom Ivar Lund-Nielsen, publicado em 2000, concluiu que a ocorrência de câncer de próstata é maior entre homens com indicadores educacionais elevados. Mesmo assim, para Rangul e sua equipe, essas descobertas podem ser apenas uma coincidência.